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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SILVA BARROS

 

( 1895-1921 )

 

Silva Ramos nasceu em União dos Palmares, em outubro de 1895 e faleceu em Maceió a 4 de outubro de 1921.

Esse malogrado rapaz, que morreu tuberculoso aos 26 anos de idade, após uma peregrinação exaustiva e dolorosa pela vida, foi uma vocação poética, nada mais. Não tinha cultura nem grandes arroubos, mas publicou três livros de poesias: “Castelos Encantados”, “Alguns Poemas” e “Poente em Sangue”. Seria, pois, uma injustiça esquecê-lo aqui.
Toda a sua poesia é feita de lamentos, de ânsias, quase de desespero. Sentiu-se poeta e contou, à maneira de seu temperamento e à medida de sua instrução. Cantou e não fez mais do que cantar.
Esteve na América do Norte e, ao regressar à pátria, com os pulmões perdidos, fora amparado pelo poeta J. M. Goulart de Andrade, que providenciara o seu retorno ao lar, onde iria falecer quatro dias após a sua chegada a Maceió.  Carlos Garrido, cronista social então do “Jornal de Alagoas”, dedicou-lhe uma carinhosa crônica.
Carlos Rubens,  crítico de arte e contista dos melhores de sua época, dissera mais sobre o nosso infeliz poeta, no mesmo jornal: “ Foi ainda aí, sob a beleza dos céus alagoanos que conheci Silva Barros e assisti aos primeiros remígios do seu espírito. De novo para mim emudecera o poeta. Fui atender. Era Silva Barros. Magro, escaveirado, a voz sumida, disse-me que chegara da América do Norte. Queria que eu lhe indicasse um editor generoso para uns versos que trazia. Arranjei o editor, revi-lhe as primeiras provas da plaquete que intitulou “Poente em Sangue”. Um dia foi internado no Hospital S. João da Gamboa, de onde passou par ao N. S. do Socorro, no Caju. O “Poente em Sangue” apareceu, merecendo uma notícia consagradora de Osório Duque Estrada, que achou os versos belos e originalíssimos.”

 

 

 

AVELAR, Romeu de.  Coletânea de poetas alagoanos.  Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959.  286 p.  ilus.  15,5x23 cm.  Exemplar encadernado.  Bibl. Antonio Miranda

 

 

              PARAÍSO E INFERNO

Maldito fora o momento
Em que me viste e eu te vi;
Mas... por sorte e sofrimento
Com tua alma reparti.

Dize-me, formoso lírio:
Por que não tens coração?
Cantar o amor — ter martírio,
Serem meus cantos — em vão!

Rosa aberta num sorriso,
Roxo trevo de Belém,
Não és só meu paraíso:
És meu inferno também.



ANSIOSA

Que é do meu Silva? — ansiosa interrogação,
Triste talvez mo dizes nestes dias...
—Na solidão estou em ti clamando
Entre delírios mil, entre agonias...
Vai-se-me a nuvem da ilusão formando...
Vens-me através das minhas fantasias...
Qual se eu Schubert ouvisse, suspirando
Só tenho, só de mágoas as sinfonias.

Deixando a lira de lado, Orfeu gemente,
Em ti cismando enxugo cabisbaixo
Com as trêmulas mãos o aljofre ardente...
Procuras-me.. Debalde.. Com anseio
Amor procuras... Entretanto eu o acho:
—Amor palpita e impera no teu seio!

 

 

*

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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